sexta-feira, 26 de março de 2010

Ouro e Platina com novos números (2005)

Crise emagrece galardões discográficos

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) alterou os parâmetros de atribuição de galardões pela venda de discos. O disco de ouro passa a ser atribuído às 10 mil unidades vendidas (eram antes 20 mil) e o disco de platina corresponde agora a 20 mil (40 mil até aqui). O disco de prata (10 mil discos) desaparece. A revisão dos valores destes galardões deve-se, naturalmente, à ostensiva queda de vendas de música gravada que se verifica nos últimos anos (mais de 40 por cento do mercado desapareceu de 2002 a esta parte, e só este ano, no primeiro trimestre, a quebra atingiu os 11 por cento).

Os antigos quantitativos correspondiam aos valores do agitado mercado de há 15 anos. Os novos reflectem, todavia, uma tendência de redução de valores que se tem espalhado pelos vários mercados europeus. A República Checa tem parâmetros iguais aos novos valores portugueses. Na Áustria um disco de ouro reflecte vendas de 15 mil unidades e a platina, 30 mil. Na Bélgica o ouro vale 25 mil e a platina 30 mil. Na Dinamarca ou Noruega a prata equivale a 20 mil e a platina a 40 mil. Na Hungria a prata traduz 10 mil unidades e a platina 30 mil, e na Grécia os mesmos galardões correspondem, respactivamente, a 10 e 40 mil discos. Em todos estes territórios também foi abolido o disco de prata. Só a Irlanda o mantém, atribuindo a "nova" prata a vendas de 5 mil discos (ouro a 7500 e platina a 15 mil).

"À semelhança do que todos os países da Europa fizeram, excepto o Reino Unido, havia sem dúvida a necessidade de adequar os galardões à nova realidade do mercado", explica Tozé Brito da Universal. "Discos de ouro e platina significam apenas o reconhecimento de que determinados álbuns se destacam dos restantes pelas suas vendas superiores à média. Quanto maior é esse destaque mais visibilidade esses álbuns têm, o que sempre estimulou o mercado. É essa, na minha opinião, a única razão de ser da existência destes galardões", explica.

Pedro Azevedo, da Som Livre, concorda que se baixe o valor dos galardões. "Raramente se atingem os mais altos", comenta. "Mas não concordo que se acabe com o disco de prata, que é por vezes um grande incentivo para os artistas novos", defende o editor. E sugere um valor na ordem dos cinco mil discos. O DN apurou que, numa assembleia geral da AFP a realizar em finais de Setembro, esta última questão poderá ser eventualmente revista.

Nuno Galopim / DN, 13/05/2005

2005 - Discos de Ouro e Platina com novos números

A Associação Fonográfica Portuguesa (AFP) alterou os parâmetros de vendas de discos para a atribuição dos discos de platina e ouro tendo extinto o galardão de prata, anunciou hoje aquele organismo.

O Disco de Ouro passa a ser atribuído por vendas superiores a 10.000 exemplares (o que equivalia ao Disco de Prata, agora extinto), enquanto o galardão Platina é atribuído por vendas superiores a 20.000 cópias (o que equivalia ao anterior Ouro).

Em declarações à agência Lusa, Eduardo Simões, da AFP, justificou estas alterações "por necessidade de se coadunar à nova realidade do mercado discográfico".

"Os quantitativos para atribuição dos galardões tinham sido fixados há 15 anos, quando o mercado estava florescente", explicou.

Actualmente, o mercado apresenta "uma acentuada quebra, só nos últimos dois anos caiu 47 por cento e só no primeiro trimestre deste ano registamos uma queda de 11 por cento", disse.
Por outro lado, salientou, os actuais quantitativos "aproximam-se mais do praticado noutros países europeus com uma dimensão populacional idêntica à nossa".

Eduardo Simões citou, entre outros, a República Checa que utiliza os mesmos parâmetros, isto é, 10.000 unidades para Disco de Ouro, 20.000 para Platina.

Na Áustria, um disco de ouro reflecte a venda de 15.000 unidades e o de platina 30.000; na Bélgica o ouro equivale a 25.000 unidades e a platina a 30.000, na Dinamarca e Noruega o ouro revela 20.000 unidades vendidas e a platina 40.000.

Na Grécia o disco de ouro reflecte 10.000 unidades vendidas e o de platina 40.000, enquanto na Hungria um disco de ouro refere-se a 10.000 cópias, e o de platina a 30.000.

Em todos estes países o galardão de prata foi já abolido, o que não aconteceu na Irlanda onde é atribuído um disco de prata por mais de 5.000 cópias vendidas, ouro por mais de 7.500 e platina por mais de 15.000.

Esta actualização é bem aceite por Tó Zé Brito, presidente da Universal Portugal que em declarações à Lusa afirmou que as novas cifras "são mais coerentes e adequadas ao mercado".

Por outro lado, Tó Zé Brito acredita no "factor psicológico" para estimular "um mercado em queda". "As pessoas ao saberem que determinado álbum é disco de ouro, vão ter maior interesse em ouvi-lo e adquiri-lo", disse.

O presidente da Universal Portugal referiu ainda "que desta forma adequamos os novos galardões ao que se passa noutras congéneres europeias".

Da tabela de vendas de álbuns, segundo dados da AFP, o mais platinado é "O concerto acústico", um duplo CD de Rui Veloso com oito discos de platina, correspondendo a 160.000 exemplares vendidos.

Quanto ao trio que lidera esta tabela, "Transparente" de Mariza, é Disco de Platina, "Il divo" do grupo homónimo, no segundo lugar do top, é Disco de Ouro e o terceiro lugar, ocupado por "Escolinha de música", é Disco de Platina.»

IOL, 11/05/2005

O Disco de Ouro passa a ser atribuído por vendas superiores a 10.000 exemplares (o que equivalia ao Disco de Prata, agora extinto), enquanto o galardão Platina é atribuído por vendas superiores a 20.000 cópias (o que equivalia ao anterior Ouro).

2005

- Disco de Prata: deixa de existir - [10.000, antes de 2005]
- Disco de Ouro: 10.000 - [20.000, antes de 2005]
- Disco de Platina: 20.000 - [40.000, antes de 2005]

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